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Centros da Juventude do governo do Estado são destaques de inovação no painel do Gramado Summit

O objetivo é aprimorar a formação integral e qualificar os jovens para os desafios no mercado de trabalho

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Há três pessoas em um palco. Ao fundo um painel de apresentação. Um homem está de pé e segurando um microfone. Uma mulher, ao lado dele, olha para ele. E outro homem está sentado.
"O governo investiu mais de R$ 36 milhões na construção de Centros da Juventude", comentou o titular da SJCDH, Fabrício Peruchin - Foto: William Boessio/ ASCOM SJCDH

A experiência dos Centros da Juventude (CJs), que integram o Programa Oportunidades Direitos (POD), foi pauta de um dos temas apresentados na Arena de Conteúdos, na Gramado Summit 2025, evento de inovação e empreendedorismo correalizado pelo governo do Estado. O titular da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), Fabrício Peruchin, participou do painel realizado na quinta-feira (5/6), na Serra Gaúcha. 

Coordenada pela SJCDH, em parceria com o Programa RS Seguro e com a Secretaria Extraordinária de Inclusão Digital e Apoio às Políticas de Equidade (SEIDAPE), a iniciativa de levar os jovens dos CJs ao evento da Gramado Summit, busca aprimorar a formação integral, por meio da qualificação para desafios do mundo do trabalho, bem como, pelo desenvolvimento de lideranças com potencial transformador em territórios de vulnerabilidade social.

“O governo, através do financiamento com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), investiu muito nos Centros da Juventude. Só na construção dos prédios, cuja as obras foram geridas e fiscalizadas pela Secretaria de Obras Públicas (SOP), foram mais de 36 milhões de reais e todos os prédios já entregues na gestão de Eduardo Leite. Também equipamos as unidades e estamos reforçando esse programa tão importante e transformador. Hoje, trazemos os jovens multiplicadores aqui em Gramado, para que conheçam o que há de melhor no mundo da ciência e da tecnologia, dando oportunidades para que tomem as melhores decisões no mercado de trabalho”, comentou Peruchin.

Desde o início do projeto, em 2016, o POD já atendeu cerca de 35 mil jovens, de 14 a 24 anos, nos bairros Cruzeiro, Lomba do Pinheiro, Restinga e Rubem Berta, em Porto Alegre, além das cidades de Viamão e Alvorada. Mais de 4 mil jovens foram encaminhados ao mercado de trabalho. Os resultados apresentados na Arena de Conteúdos indicam que, entre 2017 e 2020, os territórios contemplados pelos CJs registraram queda de 60% nos homicídios de jovens, e também queda de 47% nos homicídios cometidos por jovens da faixa etária atendida pelo POD. Observou-se também, entre 2015 e 2020, a redução de 24% no abandono escolar nas regiões de atuação do programa.

Há vários jovens sentados de costas assistindo uma palestra. Eles estão sentado em pufs nas cores amarela e vermelha. Na frente, há quatro pessoas sentadas. Uma delas segura um microfone. Na parede há um painel de apresentação.
Painel mostrou resultados significativos na redução da violência e melhoria das oportunidades para os jovens atendidos - Foto: William Boessio/ ASCOM SJCDH

A partir de uma articulação estratégica promovida pelo Programa RS Seguro, em parceria com as pastas da SJCDH, da SEIDAPE, da Cultura e da Inovação, Ciência e Tecnologia, foi possível integrar diferentes setores no modelo da hélice quádrupla composta por  governo, setor privado, academia e sociedade civil.

"É uma grande satisfação participar deste painel e compartilhar como os Centros da Juventude vêm se consolidando como verdadeiros eixos de inovação social. Essa sinergia tem potencializado a formação integral de jovens em territórios vulneráveis, promovendo não apenas qualificação profissional, mas também o desenvolvimento de lideranças com forte capacidade de transformação social", relata a assessora do RS Seguro, Giovana Foppa.

O coordenador geral do POD, Everton de Oliveira, também destacou o modelo de gestão dos CJs, caracterizado pela “hélice quádrupla,” com a atuação de diferentes atores de modo complementar. "É um ambiente marcado pelo contínuo diálogo e por alianças promissoras, em que a participação ativa dos jovens é permanentemente mobilizada", destacou Everton.

Para o coordenador do componente de prevenção do POD, Ederson Ferreira, começa agora um novo capítulo na história dos CJs, com o ensino de robótica. “Se queremos falar de educação, inovação, tecnologia, com a comunidade, precisamos qualificar essa juventude”, disse. 

Também estiveram presentes ao evento a titular da SEIDAPE, Lisiane Lemos; a assessora de Educação da SEIDAPE, Camila Wasserman; o diretor do Departamento de Políticas para Criança, Adolescente e Juventude (DPCAJ), Mauricio Martins; e representantes e jovens do CJ Rubem Berta.

Os CJs consideram três eixos estratégicos de formação

  • Eixo convivência cidadã
    Proporciona o convívio entre os participantes, promovendo o pertencimento ao comunitário e a resolução de conflitos de maneira pacífica. 
  • Eixo profissional 
    Busca a manutenção do vínculo escolar e disponibiliza cursos de formação visando a empregabilidade. Discussões sobre os desafios do mercado de trabalho ocorrem em meio a cursos de qualificação em informática, administração, música, estética e gastronomia. 
  • Eixo Jovens Multiplicadores (JMs)
    Essencial ao programa, os JMs são aqueles com potencial de liderança, valorizados com uma bolsa-auxílio de R$ 828 reais mensais, por 12 meses. Cada um dos 480 JMs, atua como catalisador das atividades dos CJs, promovendo uma cultura de paz e mobilizando outros jovens a fazerem parte do projeto. Desde o início, mais de 21 mil bolsas já foram pagas. 

Texto: William Boessio/Ascom SJCDH
Edição: Secom

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